Caço pistas nos textos que escrevi
Corro atrás de lembranças do ontem, para que no hoje
O vazio que me assola possa se apaziguar.
Eu revejo cenas
Momentos
Dias dormindo
Noites em claro.
Eu lembro de tudo
Eu jamais me esqueceria.
Não posso apagar o que vivi
Mas também não posso tornar as lembranças, coisas do momento.
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você...
Mas um dia há de se acalmar
Há de se calar
Há de eu me conformar
De eu não me punir...
Um dia,
Hoje ainda não.
Quem sabe a morte angústia de quem vive. Quem sabe a solidão, fim de quem ama.
O meu maior erro
É depositar nos outros as chances de uma vida que é só minha.
Mas não desisto de amor
De entrega
DE SEU EU MESMO!
Sendo assim
Vou solto como barco à deriva
Que qualquer branda brisa
Ou nefasto vendaval
Leva sem pretensões
Ao norte do destino...
Eu caminho sem rumo
A procura de encontrar
Algo que nunca sai de mim
Esteja onde eu estiver.
Eu mesmo.